Vinho e verão: você sabe quais são os que mais combinam com a temporada? 6w4p6p

Estado conta com uma vitivinicultura cultural para vinhos de mesa ou coloniais. Saiba como combinar os tipos de vinhos com a gastronomia catarinense 21 dezembro 2020 às 10h09 6 Minutos João Lombardo Enviar no WhatsApp 5w5222

A vitivinicultura de Santa Catarina mudou nos últimos 20 anos. O estado apresentou ao Brasil um novo terroir para a produção de uvas viníferas europeias. Nas altitudes de Santa Catarina estão sendo elaborados vinhos de qualidade: tintos frutados e intensos, espumantes estruturados, vinhos brancos e rosados refrescantes, todos com muita tipicidade. Boa parte desses vinhos tem a cara do verão de Santa Catarina. Em sua maioria, são fáceis de beber e gostosos para acompanhar boas conversas. Mas são também ótimos companheiros para a culinária da temporada. 

Foto: iStock/DivulgaçãoFoto: iStock/Divulgação

Santa Catarina é o segundo produtor brasileiro de vinhos, em volume. Fica atrás do Rio Grande do Sul. A grande produção do estado ainda é de vinhos de mesa ou coloniais: uma vitivinicultura cultural. A principal região produtora é o Vale do Rio do Peixe, no Meio Oeste. O Sul do estado, o Vale do Rio Tijucas e o Vale do Itajaí também produzem uvas e vinhos, majoritariamente, de mesa, mas têm uma percentagem de vinhos finos. O início da vitivinicultura de altitudes, que engloba as macros regiões de São Joaquim, Caçador e Campos Novos, ampliou e deu novo status à produção vitivinícola do estado.

As regiões das altitudes inauguraram a produção de tintos de corte, feitos com uma mescla de várias uvas europeias, e de vinhos brancos intensos, elaborados principalmente com as uvas Sauvignon Blanc e o Chardonnay. Nas altitudes, nasceu um novo estilo de espumante, feito com uvas tintas Cabernet Sauvignon e Merlot. E hoje cresce consistentemente a produção de gostosos vinhos rosés. 

Espumante, o curinga 415hs

Os espumantes catarinenses apresentam aromas de frutas brancas e tropicais, no caso dos brancos; e de frutas vermelhas, entre elas a goiaba, nos rosados. São espumantes frescos, alguns com muita personalidade no paladar, capazes de fazer bonito ao lado da culinária do mar e até mesmo da terra. Espumantes de outras uvas também são produzidos no estado, entre elas a Chardonnay, a Pinot Noir e a italiana Vermentino.

Os espumantes catarinenses são grandes companheiros de frituras do mar: lulas à doré e camarões no alho e óleo, por exemplo. Ao lado das ostras, eles brilham numa combinação clássica. Santa Catarina também produz espumantes doces de Moscatel, gostosos de beber e excelentes para acompanhar doces e sobremesas em geral. 

Sauvignon Blanc, a rainha 2h43i

A Sauvignon Blanc firmou-se como a casta emblemática das altitudes catarinenses. Ela gera vinhos frescos, frutados e com uma típica e agradável nota herbácea. Praticamente todos os produtores dos terrenos elevados elaboram vinhos a uva. 

O Sauvignon Blanc é o vinho da culinária do mar catarinense. Ele harmoniza com praticamente tudo o que vem da costa: ostras in natura, mexilhões ao bafo e em vinagrete, e peixes mais gordos, como a anchova e a tainha. As saladas são companheiras do Sauvignon. Assim como o sushi e o sashimi. Uma delícia.

A Chardonnay, pura finesse s6x3e

A Chardonnay foi outra uva branca sa que se adaptou bem aos terrenos elevados. Ela gera vinhos frescos, frutados e com agradáveis notas de madeira e especiarias, quando estagiados em barricas de carvalho. São brancos macios, bons para se beber, conversar e comer. 

Os Chardonnays são outros companheiros para a culinária do mar. Preparos como ostras gratinadas, a sequência de camarões, risotos e massas com frutos do mar. Receitas estruturadas com pescados, entre elas a caldeirada e a moqueca, são perfeitas com o Chardonnay catarinense. 

A sensualidade dos rosés 5a1c5c

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Mulheres adoram vinhos rosés. E o público masculino começa a consumir mais rosés. É o vin du plaisir, dizem os ses. Os rosés das altitudes de Santa Catarina seguem o estilo do sul da França: têm cor clara, salmão e cobre. Revelam aromas de frutas como morangos e framboesas e podem apresentar agradáveis notas florais. 

Rosés são curingas. Eles combinam com preparos da cozinha do mar, mas também com cortes do churrasco, saladas etc. Casquinha e bolinho de siri ficam deliciosos com rosés. Assim como pratos com polvo, mexilhões, camarões ao bafo e pescados em geral. Cortes suínos e a linguicinha caem como uma luva para os rosés. E preparos da culinária asiática, sushi e sashimi, além de pratos levemente condimentados, com um toque de alho ou pimenta.

O fascinante Pinot Noir 196916

A Pinot Noir é uma uva difícil. Originária da Borgonha, na França, ela gera ali vinhos frescos, estruturados e longevos. A casta se adaptou bem ao clima das altitudes e gera vinhos frescos e frutados, com toques de especiarias. São tintos mais leves que os ses, que combinam muito bem com o verão, com pratos do mar, da grelha e do fogão. 

Receitas com o bacalhau catarinense, a abrótea, e com o bacalhau português são companheiras do Pinot. Linguiças, pernil e costelinha suína ganham uma bela moldura com esses vinhos. Assim como carnes magras, como a fraldinha e a maminha. Pizzas, risotos, massas com molho de tomate e filés grelhados são outros preparos que ficam bem com o Pinot Noir, versátil e gostoso para conversar e desfrutar das horas. 

Os tintos 593q6u

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Cortes de uvas Cabernet e Merlot integram boa parte dos vinhos tintos de altitude. Eles são feitos com mesclas de duas ou mais variedades, que podem ser a Syrah, Sangiovese, Petit Verdot e a Malbec

Os tintos de corte são potentes e longevos. Normalmente estagiam em barricas de carvalho. Trazem aromas de frutas vermelhas e negras, notas de especiarias e toques tostados. Acompanham a picanha na brasa, a costela assada por horas, filés com molhos intensos, queijos e pratos de personalidade, entre eles, os preparos típicos da serra.

Há também os tintos de uma única uva, chamados varietais. Boa parte é feita com uvas Cabernet Sauvignon e a Merlot. Agora, começa a entrar em cena a uva Malbec. E as uvas italianas, a grande novidade. 

Variedades como a Montepulciano, Sangiovese, Refosco, Pignolo e Teroldego estão mostrando excelentes varietais tintos ao Brasil. Vinhos frutados e macios, alguns potentes e estruturados. Os vinhos de uvas italianas podem embalar bate-papos noturnos e acompanhar preparos intensos da grelha, do forno e do fogão.

Uma uva emblemática no Sul i671o

A Goethe é uma uva branca que frutifica no Sul do estado, na região de Urussanga. A variedade contempla a única Indicação de Procedência (IP) de vinhos de Santa Catarina. Apesar de ser uma híbrida e não uma vinífera, ela gera vinhos perfumados, leves e agradáveis, nas versões seco e meio seco. Além de vinhos rosados e espumantes. 

Os vinhos de Goethe acompanham pratos com frutos do mar, saladas, massas leves com manteiga e ervas. Mas a harmonização regional, praticada o ano todo e muito no verão, contempla os vinhos de Goethe com o galeto, o prato típico local.

Os espumantes de Niágara 5z232z

No Meio Oeste, os espumantes da uva americana Niágara marcam outro estilo local. A uva, assim como a Goethe, não é uma vinífera. Portanto, não tem o prestígio que têm os vinhos de uvas europeias. No entanto, esses espumantes, doces, são fáceis de beber. Perfumados, eles guardam o gosto de uva e vão bem com carne suína, saladas, as compotas e doces feitos em algumas vinícolas da região. Também no Meio Oeste são produzidos, em pequena escala, vinhos finos de Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Merlot e Teroldego, entre outros. 

Portanto, há vinhos catarinenses para todos os gostos, em todas as regiões. E o verão é um ótimo período para conhecê-los e apreciá-los. Saúde!

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