Consumo de moluscos está suspenso na Grande Florianópolis 5y4l3a

Toxina encontrada em moluscos bivalves em Palhoça e Florianópolis pode causar sérios problemas de saúde nos seres humanos

A Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) suspendeu a retirada, o consumo e a comercialização de moluscos bivalves (mexilhões, ostras, vieiras e berbigões) nesta sexta-feira (12) em áreas da Grande Florianópolis.

Moluscos bivalves cultivados na Grande FlorianópolisO consumo e a comercialização de moluscos bivalves foi suspensa em locais da Grande Florianópolis, após detecção de toxina – Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Secom-SC/Divulgação/ND

Na Capital, o consumo de moluscos foi suspenso na Freguesia do Ribeirão, Costeira do Ribeirão, Caieira da Barra do Sul e Taperinha. Já em Palhoça, a interrupção abrange Maciambu e Enseada do Brito.

A restrição na Praia do Cedro e Pontal, em Palhoça, não deve afetar o comércio de ostras, já que a medida se aplica somente à produção de mexilhões, vieiras e berbigões.

Prato de ostras em restauranteOA interdição não se aplica à produção de ostras na Praia do Cedro e Pontal, na Palhoça – Foto: Marcelo Feble

A Cidasc, que realiza análises e monitoramento de ficotoxinas na água, alertou os restaurantes e consumidores para ficarem atentos à aquisição de produtos com Serviço de Inspeção Oficial.

Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos bivalves e efetua o monitoramento permanente das áreas de cultivo.

Por que a comercialização de moluscos foi suspensa? 5r2a6t

Conforme a assessoria de comunicação da Cidasc, a medida foi tomada após a detecção de níveis elevados da ficotoxina ácido ocadaico além do limite previsto na legislação.

Essa toxina é produzida por microalgas conhecidas como dinoflagelados. Quando os mexilhões se alimentam das microalgas, acumulam a substância em sua glândula digestiva.

Cultivo de moluscos bivalves como ostras e mexilhões na Grande FlorianópolisA ficotoxina se acumula nos mexilhões que se alimentam das microalgas- Foto: Ricardo Wolffenbüttel /Secom/Divulgação/ND

Os seres humanos, ao ingerirem o ácido, podem sofrer sérios problemas de saúde. Os sintomas incluem náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.

Além disso, o IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina), que analisa a água da produção dos moluscos e monitora as condições oceanográficas, informou que há uma corrente de água fria vinda do sul do país.

“Essa corrente pode desencadear eventos de floração de microalgas em Santa Catarina, o que exige atenção redobrada das autoridades e dos produtores. Qualquer suspeita de intoxicação deve ser comunicada à Vigilância Sanitária e à Cidasc imediatamente”, alertou o médico-veterinário e coordenador da Sanidade de Animais Aquáticos da Cidasc, Pedro Mansur Sesterhenn.

Mulher sofre com dor de barriga Os sintomas da intoxicação incluem náuseas, dor de barriga, vômitos e diarreia – Foto: Reprodução/Freepik/ND

Caso apareçam sintomas, a Cidasc orienta que os consumidores procurem atendimento na unidade de saúde mais próxima e notifiquem a Vigilância Epidemiológica ou a Vigilância Sanitária municipal.

Mapa das áreas suspensas para cultivo e comercialização de moluscos h6a1f

A produção de mexilhões, ostras, vieiras e berbigões foi suspensa em locais de Florianópolis e Palhoça.

A suspensão do consumo de moluscos ocorreu após a detecção de alto nível de uma toxina encontrada nos animais - Cidasc/Divulgação/ND
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A suspensão do consumo de moluscos ocorreu após a detecção de alto nível de uma toxina encontrada nos animais - Cidasc/Divulgação/ND
Confira as áreas onde o cultivo de ostras foi suspenso pela Cidasc na sexta-feira (12) - Cidasc/Divulgação/ND
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Confira as áreas onde o cultivo de ostras foi suspenso pela Cidasc na sexta-feira (12) - Cidasc/Divulgação/ND

Em breve, o órgão vai realizar novas coletas para o monitorar a evolução da situação nas áreas de cultivo de moluscos bivalves. Os resultados das análises vão determinar a liberação ou não das áreas interditadas.

Assista à reportagem do SC no Ar 4k1m4l

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