
O ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Gilson Machado (PL), teve a prisão preventiva revogada na noite de sexta-feira (13), por decisão do ministro Alexandre de Moraes.
Machado foi preso pela Polícia Federal na manhã de sexta, em Recife (PE), por ordem do STF, suspeito de tentar ajudar o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, a tirar um aporte português com o objetivo de deixar o país.
Ex-ministro de Bolsonaro teve prisão revogada u4r4c

Na decisão, Moraes afirmou que a prisão de Machado não era mais necessária e já havia produzido os efeitos esperados.
Segundo o ministro, há indícios de que o ex-ministro de Bolsonaro tentou ajudar Mauro Cid a fugir da Justiça, o que pode configurar obstrução de investigação.
Em vez da prisão, Moraes determinou medidas cautelares, como:
- Obrigação de apresentar-se perante o juízo da Comarca de origem, em comparecimento quinzenal, todas as segundas-feiras;
- Proibição de ausentar-se da Comarca;
- Cancelamento do aporte e proibição de obtenção de novo documento;
- Proibição de ausentar-se do país, com a Polícia Federal devendo proceder às anotações necessárias ao impedimento migratório.
Além disso, Moraes proibiu Machado de manter contato com pessoas alvo de um inquérito na corte que apura uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Entre elas, estão Bolsonaro e Cid.
Segundo o ministro, o descumprimento de qualquer uma das medidas alternativas implicará em uma nova ordem de prisão.
Investigação mira possível plano de fuga e tentativa de obstrução por Gilson Machado 6463i

A PF investiga se o objetivo era ajudar Cid a fugir do Brasil e escapar das investigações em andamento. Atualmente, Mauro Cid é réu em uma ação que corre no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Apesar da prisão do ex-ministro, Mauro Cid não foi preso nesta nova etapa da investigação. Ele foi alvo de mandado de busca e apreensão e presta depoimento às 11h desta sexta-feira, em Brasília. No começo, havia até um mandado de prisão contra ele, mas a Justiça acabou revogando a ordem