A Justiça da Argentina condenou a vice-presidente do país Cristina Kirchner por corrupção nesta sexta-feira (6). Kirchner foi culpada de istração fraudulenta na ação que ficou conhecida como “Causa Vialidad”, que estava em estágio mais avançado entre as que a envolvem.
A pena foi fixada em seis anos de prisão, com inabilitação perpétua para exercer cargos públicos. A vice-presidente foi inocentada do delito de associação criminosa. Ainda cabe recurso à decisão. As informações são do site Folha de São Paulo.
Cristina Kirchner foi condenada a seis anos de prisão nesta terça (6) – Foto: Reprodução/ Instagram
O Ministério Público Fiscal acusava Cristina de ter liderado uma “extraordinária matriz de corrupção”, armando ao lado de outros 12 réus um esquema de desvio de verbas na forma de concessões de obras públicas na província de Santa Cruz à empresa de um amigo da família Kirchner. Lázaro Báez foi condenado a seus anos de prisão.
Em agosto, os promotores que conduziram a acusação Diego Luciani e Sergio Mola pediram 12 anos de prisão à vice-presidente e que ela fosse impedida de concorrer a cargos públicos para o resto da vida e que devolvesse aos cofres públicos 5,3 bilhões de pesos (R$ 200 milhões).
Cristina Kirchner nega as irregularidade no período em que ocupou a presidência. Ela afirma que é vítima de “lawfare”, que é quando o Judiciário persegue investigado por razões políticas e sustenta a condenação desde o começo do processo.
Não será presa em breve jx6v
A condenação desta terça (6) não significa que Cristina Kirchner será presa em breve. Pelos cargos que ocupa, além de vice ela é líder do Senado, a política possui foro especial, que só é possível ser derrubado por um processo de impeachment no Parlamento.
Porém isso ocorreria apenas quando fossem esgotadas as instâncias de apelação, sendo a Corte Suprema a última delas. O mandato de Kirchner termina em dezembro de 2023, quando ela completa 70 anos, quando ela poderia pedir prisão domiciliar.
A expectativa é que Kirchner seja candidata a algum pleito no próximo ano e, caso seja eleita, renove sua imunidade. No pronunciamento que deu após sua condenação, a vice-presidente disse que não será candidata a nenhum cargo nas eleições de 2023.
