
O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, um dos nomes mais ligados ao núcleo ideológico do bolsonarismo, protagonizou nesta terça-feira (10) mais um capítulo de um racha com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em publicações nas redes sociais, Weintraub chamou o ex-chefe, indiretamente, de “rato imundo e covarde” e declarou ter sido “otário” por ter acreditado em Bolsonaro.
As falas polêmicas surgiram em resposta a um vídeo do interrogatório de Bolsonaro ao STF (Supremo Tribunal Federal). Nele, o ex-presidente ironizou ao “convidar” o ministro Alexandre de Moraes para ser seu vice em 2026.
Moraes, que presidia o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) quando Bolsonaro foi declarado inelegível até 2030, respondeu: “eu declino”. A cena provocou risadas na sala de audiência, mas revoltou ex-apoiadores fiéis.

“Nós, que acreditamos no Bolsonaro em algum momento, fomos otários! Eu fui muito otário!”, publicou o ex-ministro no X (antigo Twitter).
Em outro momento do interrogatório, Jair Bolsonaro se referiu aos seus apoiadores que defendiam intervenção militar e AI-5 como “malucos”.

Abraham Weintraub, que chegou a ser um dos ministros mais próximos do ex-presidente, compartilhou o vídeo e reforçou: “Eu fui muito otário!”.
O ex-ministro também criticou o bolsonarismo. “É uma lepra, rastejante, covarde, mentirosa e calhorda”. Na sequência, postou uma foto de um rato com a legenda: “esse rato é mais imundo e covarde do que eu imaginava”.
Antes do racha, Abraham Weintraub era ministro do governo Bolsonaro x4c6w
Abraham Weintraub foi demitido do governo Bolsonaro em 2020. No período de 14 meses no cargo, acumulou desavenças com reitores, estudantes, parlamentares, chineses, judeus e magistrados do Supremo, chamados por ele de “vagabundos” em uma reunião ministerial.
Integrante do núcleo ideológico do bolsonarismo, ou a ser considerado por aliados como gerador de crises desnecessárias ao governo.

Abraham Weintraub foi ministro da Educação de Bolsonaro entre abril de 2019 e junho de 2020, e durante os 14 meses à frente da pasta acumulou polêmicas com reitores universitários, estudantes, parlamentares, diplomatas chineses e até integrantes do STF – a quem chegou a chamar de “vagabundos” em uma reunião ministerial.
Apesar de fazer parte do núcleo duro do bolsonarismo, Weintraub ou a ser visto como fonte de crises constantes e acabou demitido do governo.