
Reconhecer os próprios limites é sinal de humildade. Mas quando esses reconhecimentos viram autodepreciação, revelam baixa autoestima. Tudo porque em vez de de demonstrar modéstia, algumas frases comuns no cotidiano revelam insegurança e dificuldade de reconhecer o próprio valor.
A psicologia cognitiva, que estuda pessoas e a forma com se relacionam, mostra que a forma que falamos sobre nós mesmos influencia diretamente nossa percepção interna.
Um estudo publicado pela Journal of Personality and Social Psychology mostra que frases autodepreciativas afetam a autoconfiança, podendo contribuir até mesmo para quadros de ansiedade e depressão.
10 frases que parecem humildes, mas que revelam baixa autoestima 313n18
1. “Foi só sorte” 483l51
Minimizar conquistas atribuindo tudo ao acaso revelam baixa autoestima. A pesquisadora Kristin Neff, referência em autocompaixão, afirma que reconhecer o próprio esforço é essencial para desenvolver resiliência emocional.
Ao dizer “foi só sorte”, você ignora o mérito pessoal envolvido na conquista. Pesquisas da Universidade de Melbourne, na Austrália, apontam que atribuir o sucesso exclusivamente à sorte está associado a baixos níveis de autoeficácia e revelam baixa autoestima.
2. “Não sou especialista, mas…” 521hf
Essa frase, usada com frequência antes de emitir uma opinião, pode parecer prudente, mas muitas vezes representa uma tentativa inconsciente de se deslegitimar.
O psicólogo Albert Bandura, criador da teoria da autoeficácia, destaca que a crença em nossa capacidade influencia diretamente nosso desempenho.
3. “Não é grande coisa” 4z1i2q
Desvalorizar os próprios feitos, ainda que pequenos, pode sinalizar um padrão persistente de autodepreciação e revelam baixa autoestima. Estudo da Universidade de Basel, na Suíça, mostrou que a minimização constante de conquistas está ligada a sentimentos de inadequação e baixa autoestima.
4. “Desculpa, mas…” 2k4t22
Pedir desculpas constantemente antes de opinar ou se posicionar é um hábito comum em quem sente que não tem o direito de ocupar espaço. A psicóloga clínica Ellen Hendriksen aponta que o excesso de desculpas pode ser uma tentativa de evitar rejeição, reforçando a insegurança.
5. “Não quero incomodar” 2y2wp
Frases assim podem parecer empáticas, mas também revelam que a pessoa não se sente digna da atenção do outro. Segundo estudo da American Psychological Association, pessoas que se sentem um “peso” para os outros apresentam maior vulnerabilidade emocional.

6. “Dei sorte” 3h471e
Essa repetição do “foi só sorte” reforça a negação do próprio esforço e revelam baixa autoestima.
Embora a sorte tenha papel em algumas situações, desconsiderar preparo, dedicação e competência é um erro que mina a autoestima. O reconhecimento das próprias conquistas é fundamental para o crescimento pessoal.
7. “Eu não sou especial” 333w30
Essa frase soa como modéstia, mas revela a dificuldade em reconhecer características únicas e talentos pessoais. A psicologia positiva, defendida por Martin Seligman, defende que a valorização das forças individuais é essencial para o bem-estar e desenvolvimento humano.
8. “Só estou sendo realista” 205s26
Limitar sonhos sob a justificativa de “realismo” pode ser uma forma de evitar frustrações, mas também esconde insegurança.
De acordo com estudo publicado na Cognitive Therapy and Research, esse comportamento pode estar associado a padrões de pensamento autolimitantes típicos da síndrome do impostor.
9. “Qualquer um faria o mesmo” 1r5k5w
Essa expressão anula o próprio esforço ao sugerir que qualquer pessoa teria agido igual. Um estudo da Harvard Business Review mostrou que líderes eficazes reconhecem e valorizam suas ações únicas — mesmo em situações rotineiras.
10. “Não sou digno disso” 3p5cd
Essa é, talvez, uma das frases mais diretas que revelam baixa autoestima. Dita até como brincadeira, ela reflete uma crença interna de que a pessoa não merece reconhecimento, afeto ou atenção.
A terapeuta Brené Brown reforça que a sensação de pertencimento começa quando aceitamos que somos suficientes como somos.

Reconhecer essas frases no próprio vocabulário pode ser o primeiro o para fortalecer a autoestima. Mudar a linguagem que usamos sobre nós mesmos é uma prática diária, mas poderosa.
Segundo a Associação Brasileira de Psicologia Positiva, pequenos ajustes na fala promovem grandes mudanças na forma como nos enxergamos — e no modo como o mundo nos vê.