O peixe que não sabe nadar e ‘usa’ batom vermelho que parece estar sempre de mau humor 4f6l10

Com aparência incomum e uma “boca” vermelha que parece maquiada, o peixe-morcego de Galápagos, ou peixe-morcego de lábios vermelhos (Ogcocephalus darwini), vive nas águas das Ilhas Galápagos, no Pacífico.

A espécie não é boa nadadora, mas se destaca pelo visual curioso que intriga até cientistas. Seus lábios vivos lembram batom ou até sangue, o que rendeu ao animal o apelido de “peixe-vampiro”.

O “batom vermelho” é um mistério 5pq5v

Apesar de já ser bem conhecido, ainda não se sabe ao certo por que a boca do animal tem essa coloração tão marcante.

Alguns pesquisadores acreditam que os “lábios” possam ajudar na hora do acasalamento, servindo para chamar a atenção das fêmeas.

Outra hipótese é que a cor ajude os indivíduos da mesma espécie a se reconhecerem nas profundezas do mar.

A aparência do peixe também causa estranheza. Ele parece sempre emburrado, com os lábios virados para frente, como se estivesse fazendo biquinho ou estivesse de mau humor.

Isso contribui para seu aspecto “triste”, o que deixa a criatura ainda mais peculiar.

Como é o peixe-morcego de Galápagos 291t6g

Na alimentação, o peixe-morcego segue uma dieta que inclui pequenos peixes, camarões, moluscos e outros crustáceos.

Ele revira o solo em busca dessas presas. Um adulto da espécie mede de 25 a 40 cm, ou seja, seu cardápio precisa ser bem pequeno para caber na boca.

O corpo do Ogcocephalus darwini é achatado, com cabeça larga e cor acinzentada.

Durante uma expedição da Universidade de Cádiz, na Espanha, um exemplar coletado no Equador media 26 cm.

Além dos “lábios” e das “pernas”, outro detalhe chama atenção: uma estrutura parecida com uma antena sai de sua cabeça.

Chamado de illicium, esse apêndice pode servir como isca para atrair presas, algo comum em outros peixes da ordem Lophiiformes, conhecidos por usar luz própria para caçar.

Mau nadador, vive no fundo do mar 352v6c

Mesmo sendo um peixe, ele não nada muito bem. Costuma se locomover andando pelo fundo do mar, usando suas nadadeiras peitorais como se fossem pernas.

Segundo pesquisadores na revista Acta Ichthyologica et Piscatoria, ele vive em áreas rasas, entre 3 e 76 metros de profundidade, mas pode ser encontrado, em casos mais raros, em locais com até 120 metros.

Além disso, a instituição Galapagos Conservation Trust explica que a espécie é mais comum em áreas arenosas ou rochosas próximas da costa.